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Nucleo de Acção Nacional
Os seus fins
1. Promover em Portugal o estabelecimento de uma opinião publica de accordo com as necessidades primarias do paiz neste momento, e destinada, pela fôrça que adquira, a crear uma atmosphera pouco propicia á politica meramente partidaria.
2. Crear essa opinião publica em volta da necessidade immediata da organização comercial e industrial do paiz, e da effectivação de planos definidos e concretos visando, acima de tudo, a nossa reconstrução economica e a nossa revitalização financeira.
3. Promover a coordenação de competencias em todos os ramos da atividade nacional, fazendo com que uma constante intenção patriotica seja a força intima de que resulte essa coordenação.
4. Promover a valorização profissional do individuo portuguez, e, ao mesmo tempo, a valorização patriotica das classes organizadas que resultem d’essa intensificação do valor practico do individuo.
5. Pugnar por a effectivação de uma politica internacional que se coadune com o estado de cousas que uma reorganização assim feita realize, ou tenda a realizar, isto é, uma politica internacional que estude mais a nossa valorização externa como entidade comercial do que a nossa valorização puramente politica, que não pode ser senão a de subserviencia perante umas nações e de inutil antagonismo perante outras.
Para a plena e intensa realização d’esta attitude, o NUCLEO entende não dever deixar que a sua actividade exceda os limites rigorosamente practicos que este programma impõe, não lhe cabendo, portanto, occupar-se d’estes problemas no seu sentido propriamente intellectual, nem de qualquer problema de tal modo que possa servir os interesses estreitos de determinado partido ou de determinada corrente politica.
Texto recuperado por José Barreto em 2013, evidenciando a relação da publicação no jornal com material do espólio, nomeadamente o documento BNP 92I-17, que é um dactiloscrito idêntico ao texto publicado (Barreto, 2013
, pp. 97-112). -
Núcleo de Ação Nacional
Os seus fins
1. Promover em Portugal o estabelecimento de uma opinião pública de acordo com as necessidades primárias do país neste momento, e destinada, pela força que adquira, a criar uma atmosfera pouco propícia à política meramente partidária.
2. Criar essa opinião pública em volta da necessidade imediata da organização comercial e industrial do país, e da efetivação de planos definidos e concretos visando, acima de tudo, a nossa reconstrução económica e a nossa revitalização financeira.
3. Promover a coordenação de competências em todos os ramos da atividade nacional, fazendo com que uma constante intenção patriótica seja a força íntima de que resulte essa coordenação.
4. Promover a valorização profissional do indivíduo português, e, ao mesmo tempo, a valorização patriótica das classes organizadas que resultem dessa intensificação do valor prático do indivíduo.
5. Pugnar por a efetivação de uma política internacional que se coadune com o estado de coisas que uma reorganização assim feita realize, ou tenda a realizar, isto é, uma política internacional que estude mais a nossa valorização externa como entidade comercial do que a nossa valorização puramente política, que não pode ser senão a de subserviência perante umas nações e de inútil antagonismo perante outras.
Para a plena e intensa realização desta atitude, o NÚCLEO entende não dever deixar que a sua atividade exceda os limites rigorosamente práticos que este programa impõe, não lhe cabendo, portanto, ocupar-se destes problemas no seu sentido propriamente intelectual, nem de qualquer problema de tal modo que possa servir os interesses estreitos de determinado partido ou de determinada corrente política.
Texto recuperado por José Barreto em 2013, evidenciando a relação da publicação no jornal com material do espólio, nomeadamente o documento BNP 92I-17, que é um dactiloscrito idêntico ao texto publicado (Barreto, 2013
, pp. 97-112).
Núcleo de Ação Nacional
Fernando Pessoa
Acção , 19 de maio de 1919, p. 2.