-
A quadra é o vaso de flores que o povo põe á janela da sua Alma.
Da orbita triste do vaso obscuro a graça exilada das flôres atreve o seu olhar de alegria.
Quem faz quadras portuguezas comunga a alma do Povo, humildemente de nós todos e errante dentro de si propria.
Os autores d'este livro realizaram as suas quadras com destreza luzitana e fidelidade ao instinctivo e desatado da alma popular.
Elogial-os mais seria elogial-os menos.
17-IV-1914
Fernando Pessoa.
-
A quadra é o vaso de flores que o povo põe à janela da sua Alma.
Da órbita triste do vaso obscuro a graça exilada das flores atreve o seu olhar de alegria.
Quem faz quadras portuguesas comunga a alma do Povo, humildemente de nós todos e errante dentro de si própria.
Os autores deste livro realizaram as suas quadras com destreza lusitana e fidelidade ao instintivo e desatado da alma popular.
Elogiá-los mais seria elogiá-los menos.
17-IV-1914
Fernando Pessoa.
"A quadra é o vaso de flores que o povo" — Missal de Trovas, de António Ferro e Augusto Cunha
Fernando Pessoa
Missal de Trovas, 1914.