-
[9]
MAR PORTUGUEZ
I
O INFANTE
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quiz que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou creou-te portuguez.
Do mar e nós em ti nos deu signal.
Cumpriu-se o Mar, e o Imperio se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
II
HORIZONTE
Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos!
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas, e o mysterio,
Abria em flor o Longe, e o Sul siderio
Splendia sobre as náos da iniciação.
Linha severa da longinqua costa —[10]
Quando a náo se approxima, ergue-se a encosta
Em arvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto abre-se a terra em sons e côres;
E no desembarcar ha aves, flores,
Onde eraLeitura, 1926:será só, de longe a abstracta linha.
O sonho é ver as formas invisiveis
Da distancia imprecisa, e, com sensiveis
Movimentos da esp’rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A arvore, a praia, a flor, a ave, a fonte —
Os beijos merecidos da Verdade.
III
PADRÃO
O exforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para deante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão signala ao vento e aos céos
Que, da obra ousada, é minha a parte feita;Contemporânea, 1922::
O por-fazer é só com Deus.
E ao immenso e possivel oceano
Ensinam estas quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez.
E a cruz ao alto diz que o que me ha na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.
IV
O MORCEGO
O morcego que está no fim do mar[11]
Na noite de breu ergueu-se a voar,
Á roda da nao voou trez vezes,
Voou tres vezes a chiar,
E disse: "Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?"
E o homem do leme disse tremendo,
"El-Rei Dom João Segundo!"
"De quem são as velas onde me róço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?"
Disse o morcego, e rodou tres vezes,
Tres vezes rodou immundo e grosso,
"Quem vem poder o que só eu posso,
Que móro onde nunca ninguem me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?"
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei Dom João Segundo!»
Tres vezes do leme as mãos ergueu,
Tres vezes ao leme as reprendeu,
E ao monstro que volta disse tres vezes,
"Aqui ao leme sou mais que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu!
E mais que o morcego, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
D’El-Rei Dom João Segundo!"
V
EPITAPHIO DE BARTHOLOMEU DIAS
Jaz aqui, na pequena praia extrema,
O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,
O mar é o mesmo: já ninguem o tema!
Atlas, mostra alto o mundo no seu hombro.
VI
IRONIA
Faz um a casa onde outro poz a pedra.
O gallego Colón, de Pontevedra,
Seguiu-nos para onde nós não fomos.
Não vimos da nossa arvore esses pomos.
Um imperio ganhou para Castella,
Para si gloria merecida — aquella
De um grande longe aos mares conquistado.
Mas não ganhou o tel-o começado.
[12]VII
OS DESCOBRIDORES DO OCCIDENTE
Com duas mãos, o Acto e o Destino,
Desvendámos. No mesmo gesto, ao céo
Uma ergue o facho tremulo e divino,
E a outra afasta o véo.
Fosse a hora propicia ou a força friaLeitura, 1926:acaso, ou vontade, ou temporal,
A mão que o Oeste a estes entregou,
Foi alma a Sciencia e Leitura, 1926:o corpo a Ousadia
Da mão que consummou.
Fosse Acaso, ou Vontade, ou TemporalLeitura, 1926:acaso, ou vontade, ou temporal,
A mão que a estes o Occidente abriu,
Foi Deus a alma e o corpo Portugal
Da mão que o conduziu.
VIII
DANÇA DOS TITANS
No valle clareia uma fogueira,
Uma dansa sacode a terra inteira,
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do valle vão
Subitamente pelas encostas
E vão perder-se na escuridão.
De quem é a dansa que a noite aterra?
São os titans, os filhos da Terra,
Que dançam á morte do marinheiro
Que quiz cingir o materno vulto,
Ser circumnavegador primeiro,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dansam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda commanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As náos no resto do fim do espaço;
Que mesmo ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço!
Violou a terra. Mas elles não
O sabem, e dansam na escuridão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do valle pelas encostas
Dos mudos montes.
[13]IX
ASCENSÃO DE VASCO DA GAMA
Os deuses da tormenta e os gigantes da terra
Suspendem de repente o odio da sua guerra
E pasmam. Pelo valle onde se ascende aos céos
Surge um silencio, e vae, da nevoa ondeando os véos,
Primeiro um movimento e depois um assombro.
Ladeiam-o, ao durar, os medos, hombro a hombro,
E ao longe o rastro ruge em nuvens e clarões.
Em baixo, onde a terra é, o pastor gela, e a flauta
Cae-lhe, e em extase vê, á luz de mil trovões,
O céo abrir o abysmo á alma do Argonauta.
X
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lagrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena!
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,
Mas nelle é que espelhou o céo.
XI
A ULTIMA NAO
Levando a bordo El-ReiContemporânea, 1922:el-rei Dom Sebastião,[14]
E erguendo, como um nome, alto, o pendãoContemporânea, 1922:,
Do Imperio,
Foi-se a ultima náo, ao sol aziago
Erma, e entre choros de ansia e de presago
Mysterio.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Volverá da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a fórma do futuro,
Mas sua luz projecta-o,Leitura, 1926: sonho escuro
E breve.
Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minh’alma atlantica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo,Contemporânea, 1922: entre a cerração,Contemporânea, 1922: teu vulto baço
Que torna.
Não sei a hora, mas sei que ha a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mysterio.
Surges ao sol em mim, e a nevoa finda,
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Imperio.
XII
PRECE
Senhor, a noite veiu e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silencio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós creou,
Se ainda ha vida ainda não é finda;
O frio morto em cinzas a occultou;
A mão do vento póde erguel-a ainda.
Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ansia —
Com que a chama do esforço se remóça,
E outra vez conquistemos a Distancia —
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
FERNANDO PESSOA
A sequência “Mar Portuguez” foi publicada, sob o mesmo título, com algumas diferenças ortográficas, de pontuação e conteúdo, em Contemporânea, n.º 4, Outubro de 1922, Leitura para todos – Revista mensal illustrada, n.º 83, Junho de 1926 e Revolução, 16 de Junho de 1933. Apresentamos as imagens dos dois primeiros jornais e aguardamos a disponibilização das imagens do último. Foi ainda republicada no livro Mensagem (Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934), igualmente com variações ortográficas, de pontuação e conteúdo. O poema “Ironia” não foi incluído no livro, sendo substituído por “Os Colombos”. O texto aqui apresentado privilegia nos casos de variantes substantivas a versão de Contemporânea, seguida igualmente pelo autor no livro publicado.
O poema “Prece“ foi republicado em O “Notícias” Ilustrado, 20 de Janeiro de 1929, p. 7, com diferenças ortográficas e de pontuação.
Os poemas I, IV e XII foram republicados sob o título de conjunto “Do livro Mensagem” (Diário de Lisboa, 14 de Dezembro de 1934, p. 5). Para além de diferenças ortográficas e de pontuação, o poema IV é aí publicado sob o título “O Mostrengo”, apresentando variantes em diversos versos.
-
[9]
MAR PORTUGUÊS
I
O INFANTE
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
II
HORIZONTE
Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos!
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas, e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
Esplendia sobre as naus da iniciação.
Linha severa da longínqua costa —[10]
Quando a nau se aproxima, ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto abre-se a terra em sons e cores;
E no desembarcar há aves, flores,
Onde eraLeitura, 1926:será só, de longe a abstrata linha.
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp’rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte —
Os beijos merecidos da Verdade.
III
PADRÃO
O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão assinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita;Contemporânea, 1922::
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
E a cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.
IV
O MORCEGO
O morcego que está no fim do mar[11]
Na noite de breu ergueu-se a voar,
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: ʺQuem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tetos negros do fim do mundo?ʺ
E o homem do leme disse tremendo,
ʺEl-Rei Dom João Segundo!ʺ
ʺDe quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?ʺ
Disse o morcego, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso,
ʺQuem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?ʺ
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei Dom João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E ao monstro que volta disse três vezes,
ʺAqui ao leme sou mais que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu!
E mais que o morcego, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
D’El-Rei Dom João Segundo!ʺ
V
EPITÁFIO DE BARTOLOMEU DIAS
Jaz aqui, na pequena praia extrema,
O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,
O mar é o mesmo: já ninguem o tema!
Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.
VI
IRONIA
Faz um a casa onde outro pôs a pedra.
O galego Colón, de Pontevedra,
Seguiu-nos para onde nós não fomos.
Não vimos da nossa árvore esses pomos.
Um império ganhou para Castela,
Para si glória merecida — aquela
De um grande longe aos mares conquistado.
Mas não ganhou o tê-lo começado.
[12]VII
OS DESCOBRIDORES DO OCIDENTE
Com duas mãos, o Ato e o Destino,
Desvendámos. No mesmo gesto, ao céu
Uma ergue o facho trémulo e divino,
E a outra afasta o véu.
Fosse a hora propícia ou a força friaLeitura, 1926:acaso, ou vontade, ou temporal,
A mão que o Oeste a estes entregou,
Foi alma a Ciência e Leitura, 1926:o corpo a Ousadia
Da mão que consumou.
Fosse Acaso, ou Vontade, ou TemporalLeitura, 1926:acaso, ou vontade, ou temporal,
A mão que a estes o Ocidente abriu,
Foi Deus a alma e o corpo Portugal
Da mão que o conduziu.
VIII
DANSA DOS TITÃS
No vale clareia uma fogueira,
Uma dança sacode a terra inteira,
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas
E vão perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite aterra?
São os titãs, os filhos da Terra,
Que dançam à morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto,
Ser circum-navegador primeiro,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço;
Que mesmo ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço!
Violou a terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na escuridão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
[13]IX
ASCENSÃO DE VASCO DA GAMA
Os deuses da tormenta e os gigantes da terra
Suspendem de repente o ódio da sua guerra
E pasmam. Pelo vale onde se ascende aos céus
Surge um silêncio, e vai, da névoa ondeando os véus,
Primeiro um movimento e depois um assombro.
Ladeiam-no, ao durar, os medos, ombro a ombro,
E ao longe o rastro ruge em nuvens e clarões.
Em baixo, onde a terra é, o pastor gela, e a flauta
Cai-lhe, e em êxtase vê, à luz de mil trovões,
O céu abrir o abismo à alma do Argonauta.
X
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena!
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
XI
A ÚLTIMA NAU
Levando a bordo El-ReiContemporânea, 1922:el-rei Dom Sebastião,[14]
E erguendo, como um nome, alto, o pendãoContemporânea, 1922:,
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago
Erma, e entre choros de ânsia e de pressago
Mistério.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Volverá da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas sua luz projeta-o,Leitura, 1926: sonho escuro
E breve.
Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minhʼalma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou espaço,
Vejo,Contemporânea, 1922: entre a cerração,Contemporânea, 1922: teu vulto baço
Que torna.
Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda,
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.
XII
PRECE
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda;
O frio morto em cinzas a ocultou;
A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia —
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistemos a Distância —
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
FERNANDO PESSOA
A sequência “Mar Portuguez” foi publicada, sob o mesmo título, com algumas diferenças ortográficas, de pontuação e conteúdo, em Contemporânea, n.º 4, Outubro de 1922, Leitura para todos – Revista mensal illustrada, n.º 83, Junho de 1926 e Revolução, 16 de Junho de 1933. Apresentamos as imagens dos dois primeiros jornais e aguardamos a disponibilização das imagens do último. Foi ainda republicada no livro Mensagem (Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934), igualmente com variações ortográficas, de pontuação e conteúdo. O poema “Ironia” não foi incluído no livro, sendo substituído por “Os Colombos”. O texto aqui apresentado privilegia nos casos de variantes substantivas a versão de Contemporânea, seguida igualmente pelo autor no livro publicado.
O poema “Prece“ foi republicado em O “Notícias” Ilustrado, 20 de Janeiro de 1929, p. 7, com diferenças ortográficas e de pontuação.
Os poemas I, IV e XII foram republicados sob o título de conjunto “Do livro Mensagem” (Diário de Lisboa, 14 de Dezembro de 1934, p. 5). Para além de diferenças ortográficas e de pontuação, o poema IV é aí publicado sob o título “O Mostrengo”, apresentando variantes em diversos versos.
Mar Português
Fernando Pessoa
Contemporânea 4, outubro de 1922, pp. 9-14.
Leitura para todos — Revista mensal ilustrada 83, junho de 1926, pp. 22-26.
Revolução , 16 de junho de 1933.